Quando Henrico Pontes tinha 28 anos, descobriu a religião. Ela tinha olhos amendoados, os dedos longos, um céu de estrelas no rosto – meio pomo em cada um dos lábios.
Pelo menos, assim lhe pareceu.
Ergueu tantos templos e, estranho, eram todos à Deusa profana que acabara de criar.
Tinha lá os seus demônios, mas, como na praga de Sartre, eles eram os outros.
Entre ele e sua divindade, só entendimento.
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